Não basta desejar uma mudança, especialistas dizem que é fundamental estabelecer como isso será feito
Relação com a família, emprego, salário, amor. Quem não quer mudar alguma coisa em sua vida? Ao mesmo tempo, é fácil cair na armadilha de colocar metas de mudança que não chegam nunca, como um regime que se estende indefinidamente sem trazer resultados, ou o plano de mudar de emprego que fica sempre para o outro ano. Saber o que fazer não é suficiente: o “como” é fundamental, de acordo com os especialistas ouvidos pelo iG.
Mudar o quê?...
O primeiro passo é focar exatamente no que se quer mudar. “O que é ‘mudar para melhor’? Seja na perspectiva do trabalho, relações pessoais ou qualidade de vida, implica num passo básico que é sair da zona de conforto”, afirma Sandra Maia, psicóloga e doutora pelo programa de pós-graduação da Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Saúde de SP. “Sair da zona de conforto implica num custo emocional muito grande. Mudar é partir para o desconhecido, que é assustador”. Por exigir esforço, coragem e dedicação, é necessário avaliar o quanto uma mudança é significativa e se ela vale todo o investimento. “Mudar nunca é uma coisa agradável, mas geralmente acaba valendo a pena”, afirma Sandra. Ela dá o exemplo de quem quer transformar o corpo. “Para ganhar o corpo novo, você tem que perder o velho. Cada ganho representa uma perda também. Até a perda de coisas ruins é de certa forma dolorosa. Muitas vezes é um apego mórbido até, seja em relacionamentos ou em uma profissão”, afirma a psicóloga. Isso inclui abandonar hábitos antigos ligados à mudança. Em outras palavras: quem decide perder uns quilinhos precisa entender que sobremesa todo dia, nunca mais.
Tomada de decisão
De acordo com Sandra Maia, o momento em que se dá o “clique”, a tomada de decisão, é chamado de “pré-contemplação”. “É quando você está no avião, com o paraquedas nas costas, e decide pular.” Trata-se de um momento individual, intransferível e incompartilhável. Não adianta avisar a família que vai parar de fumar se a decisão interna não foi tomada ou formar um grupo de corrida se por dentro a convicção de praticar o esporte não veio.
De acordo com Sandra Maia, o momento em que se dá o “clique”, a tomada de decisão, é chamado de “pré-contemplação”. “É quando você está no avião, com o paraquedas nas costas, e decide pular.” Trata-se de um momento individual, intransferível e incompartilhável. Não adianta avisar a família que vai parar de fumar se a decisão interna não foi tomada ou formar um grupo de corrida se por dentro a convicção de praticar o esporte não veio.
Entra aí também o planejamento, a definição de como serão as mudanças. Otimismo, determinação e uma dose de realismo ajudam. “É bom quebrar grandes objetivos em metas pequenas”, afirma Miriam Barros, psicóloga clínica e psicodramatista. Se a pessoa quer ter uma vida social mais ativa, pode se colocar pequenas tarefas: ligar para um amigo com quem faz tempo que não conversa, convidar alguém para tomar um café. “As pessoas perdem de vista que as decisões têm um custo e levam tempo para dar retorno. Você quer um mega emprego, mas não quer fazer o curso de inglês. Ir fazendo as pequenas coisas sem ter a gratificação imediata é fundamental. A vida é aos poucos, é preciso ter paciência”, afirma.
Como não desistir
Por que algumas pessoas conseguem abraçar um objetivo e cumpri-lo de pronto, enquanto outros empacam no meio do caminho? “Cada um tem uma estrutura psíquica diferente. Tem gente que se dá muito bem fazendo pesquisas num assunto e se preparando para a mudança. Outras precisam de um infarto para mudar de vida. A vivência traumática funciona para uns, assim como outros têm infarto e continuam fumando, bebendo e ingerindo gordura’, exemplifica Sandra. Nos casos de pessoas que não conseguem avançar nos seus projetos de mudança, vários recursos podem trazer melhoras, de auto-ajuda a terapia. “Quando você não tem o equipamento psíquico disponível, você utiliza ferramentas. Terapia é uma delas, mas não a única que pode ajudar.” Ela alerta também que não existe mágica: “10% é vontade de mudar, os outros 90% , puro esforço”.
Por que algumas pessoas conseguem abraçar um objetivo e cumpri-lo de pronto, enquanto outros empacam no meio do caminho? “Cada um tem uma estrutura psíquica diferente. Tem gente que se dá muito bem fazendo pesquisas num assunto e se preparando para a mudança. Outras precisam de um infarto para mudar de vida. A vivência traumática funciona para uns, assim como outros têm infarto e continuam fumando, bebendo e ingerindo gordura’, exemplifica Sandra. Nos casos de pessoas que não conseguem avançar nos seus projetos de mudança, vários recursos podem trazer melhoras, de auto-ajuda a terapia. “Quando você não tem o equipamento psíquico disponível, você utiliza ferramentas. Terapia é uma delas, mas não a única que pode ajudar.” Ela alerta também que não existe mágica: “10% é vontade de mudar, os outros 90% , puro esforço”.
Para Miriam, os principais vilões são pensamentos e sentimentos negativos, que atrapalham. “Normalmente não é nada externo. Os demônios internos são os mais difíceis de matar”, afirma a psicóloga. “Quem tem preguiça e tendência a procrastinar tem que fazer um investimento e um trabalho maior.” Outro inimigo comum é culpar o outro, ou circunstâncias adversas, pela dificuldade de mudar. “para superar isso, a pessoa precisa passar por uma conscientização. Essa sensação de que o poder de mudar é seu faz bem para a autoestima e para vencer desafios”, afirma Miriam. TOME A MELHOR ATITUDE QUE UM SER HUMANO PODE TOMAR NA VIDA, ACEITE JESUS. NÃO DEIXE PARA AMANHÃ O QUE PODE SER FEITO HOJE.
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