quinta-feira, 26 de maio de 2011

O governo não aceita propaganda de opções sexuais, diz Dilma

A presidente falou sobre o kit após cerimônia de assinatura de termos para construção de quadras esportivas e unidades de educação infantil. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR/Divulgação

A presidente falou sobre o kit após cerimônia de assinatura de termos para construção de quadras esportivas e unidades de educação infantil


Claudia Andrade
Direto de Brasília

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira que não concorda com o kit anti-homofobia cuja produção e distribuição foram suspensas pelo governo nesta quarta. "O governo defende a educação e também a luta contra práticas homofóbicas. No entanto, não vai ser permitido a nenhum órgão do governo fazer propaganda de opções sexuais. Também não podemos de nenhuma forma interferir na vida privada das pessoas. Agora o governo pode, sim, fazer uma indicação de que é necessário respeitar as diferenças e de que você não pode exercer práticas violentas contra aqueles que são diferentes de você".

Segundo a presidente, o kit "não faz a defesa de práticas não homofóbicas". Ela afirmou não ter assistido a todos os vídeos que integram o material, apenas a uma parte deles, divulgada pela imprensa. "Esta é uma questão que o governo vai revisar. Não haverá autorização para esse tipo de política de defesa de A, B, C ou D. Agora, nós lutamos contra a homofobia".
O ministro da Educação, Fernando Haddad, também deu explicações nesta quinta sobre a suspensão do material. Segundo ele, o kit será reavaliado pelo Comitê de Publicações do Ministério da Educação e por uma comissão que será criada a pedido da presidente Dilma Rousseff. As comissões deverão "verificar a melhor maneira de abordar o tema".
Haddad disse que "realmente não gostou" de uma parte do material que estava sendo preparado e negou a informação divulgada por alguns parlamentares de que o kit já estava sendo distribuído. A respeito dos vídeos que integram o kit, o ministro disse que a comissão "fará os apontamentos necessários para uma reformulação" e que "poderão ser integralmente refeitos".

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