O evangelho é invariavelmente recebido com resistência pela maioria das pessoas. Muitas foram as vezes que recebi respostas negativas à mensagem que havia pregado. A interpretação da Bíblia é usada como argumento para não aceitar o que está escrito, ou então a justificativa de que serve a Deus “do seu jeito”. A vista disso precisamos ver se Deus aceita que sirvamos a Ele do “nosso jeito”. Vamos observar um trecho da Bíblia muito conhecido, que descreve como Caim e Abel serviam a Deus.
Gênesis 4:3-5 Ao cabo de dias trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao Senhor. Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura. Ora, atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta, mas para Caim e para a sua oferta não atentou. Pelo que irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante.Chama a atenção que ambos serviam a Deus, não eram incrédulos. Tanto Caim como Abel ofereceram ofertas a Deus, ou seja, buscavam de alguma forma estar na comunhão do Criador. O que se pode observar é a diferença de reação que Deus teve ao receber as ofertas. Para a de Abel Deus se agradou, já para a de Caim, não lhe agradou. Isto nos mostra que existe uma maneira de servir a Deus, uma forma específica. Não podemos servir a Deus de qualquer maneira, mas de uma maneira que lhe agrade. Qual será a forma de servir a Deus? A resposta que mais escuto hoje em dia é: “Fazendo o bem”. Será? Será que fazer o bem é a forma de adorar a Deus? Repare no que diz este versículo:
Romanos 3:12 Todos se extraviaram; juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.
Deus diz neste versículo que por mais que nos esforcemos, nosso bem não é o que Deus considera como bem. Nosso bem não é oferta agradável a Deus. Podemos ajudar os pobres, dar comida, roupa, casa e mesmo assim isto não é uma oferta agradável a Deus. O conceito de bem é diferente para os homens e para Deus. Vamos voltar ao exemplo de Caim e Abel e ver o que Deus quer que façamos para agrada-lo.
Note que Caim trouxe algo que veio do fruto da terra e Abel ofereceu a gordura das suas ovelhas. A oferta de Abel necessitou o sacrifício de uma ovelha, houve uma perda no seu rebanho. Além disso, teve que derramar sangue, reconhecendo a condição de pecador. Já a oferta de Caim foi muito diferente, ele só ofertou a Deus depois de um tempo, ao cabo de dias, mostrando que Deus não era uma prioridade para ele. Abel ofereceu os primogênitos do seu rebanho, mostrando que prontamente ofertou a Deus e que isso lhe era uma prioridade. O fruto da terra de Caim não necessitou sacrifício, não mostrou amor a Deus, pois ofertou o que lhe sobrou. Posso plantar, colher, comer bem durante um tempo e depois o que sobrar, oferecer a Deus. Deus se agrada quando Ele é o primeiro na nossa vida, quando damos a melhor parte para Ele.
Ele quer o melhor de tudo o que temos, ele quer a melhor parte do nosso tempo diário. Ele quer as primícias da nossa renda, Ele quer ser a prioridade na nossa vida. Um cristão fiel não olha para as circunstâncias para oferecer a sua oferta. Não faz uma análise do seu dia para ver se tem tempo para ler a Bíblia, pois a leitura da Palavra de Deus é uma necessidade básica e crucial para ele. Repare no que fazia Davi:
Salmos 119:147 Antecipo-me à alva da manhã e clamo; aguardo com esperança as tuas palavras.
Que belo exemplo de Davi. Ele era o Rei de Israel e devia ter muitos compromissos durante o seu dia. Isso não era motivo para não buscar a leitura e a meditação. Davi fazia um sacrifício, perdia parte do prazer do sono e acordava antes do sol nascer. Davi dava para Deus as primícias do seu dia, o primeiro momento, demonstrando que Deus era a sua prioridade. Deus se agradava muito de Davi. Hoje em dia a atual situação dos cristãos é triste, pois só ofertam o que sobra. As vezes sobra o final do Domingo para ir na Igreja, as vezes sobra um tempo para fazer uma oração, as vezes sobra um dinheiro para dar o dízimo. Estas são ofertas de Caim, rejeitadas por Deus. Que Deus possa se tornar uma prioridade na nossa vida, confiando nele tudo o que fazemos e oferecendo o que temos de melhor, ofertando segundo a vontade Dele e não do nosso jeito.
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