Apenas 38% dos homens casados ajudam seus pais, frente a 67% dos homens solteiros, diz pesquisa.
Quase metade de todos os adultos são casados– no Brasil, solteiros, divorciados e viúvos são cerca de 60% da população adulta. Mas agora alguns pesquisadores temem que o movimento da igualdade de casamentos esteja deixando os solteiros para trás.
“Existe essa pressão pelo casamento nas comunidades hetero e homossexual, basicamente afirmando que há algo de errado com aqueles que não são casados”, explica Naomi Gerstel, socióloga da Universidade de Massachusetts, em Amherst, que publicou diversos artigos comparando casados com não casados.
“Mas uma parcela enorme da população é solteira, e essa proporção só vai aumentar. Ao mesmo tempo, o movimento nacional é para oferecer...
benefícios aos que são casados, e isso deixa os solteiros sem nada”.“Existe essa pressão pelo casamento nas comunidades hetero e homossexual, basicamente afirmando que há algo de errado com aqueles que não são casados”, explica Naomi Gerstel, socióloga da Universidade de Massachusetts, em Amherst, que publicou diversos artigos comparando casados com não casados.
“Mas uma parcela enorme da população é solteira, e essa proporção só vai aumentar. Ao mesmo tempo, o movimento nacional é para oferecer...
Porém, segundo ela e outros especialistas apontam, os solteiros muitas vezes contribuem mais para a comunidade – pois os casados costumam colocar sua energia e foco em seus parceiros e famílias, em detrimento das amizades, conexões com a comunidade e parentes distantes. Num relatório divulgado nesta semana pelo Conselho das Famílias Contemporâneas, Gerstel mostra que enquanto 68% das mulheres casadas oferecem apoio prático ou rotineiro aos pais, essa proporção é de 84% entre as não casadas. Apenas 38% dos homens casados ajudam seus pais, frente a 67% dos homens solteiros. Mesmo os solteiros com filhos têm maior probabilidade de contribuir fora de sua família imediata do que os casados.
“São os solteiros, com ou sem filhos, que se mostram mais inclinados a cuidar de outras pessoas”, afirmou Gerstel. “Não são os filhos que isolam as pessoas. É o casamento”.
Os solteiros também costumam ser mais ligados a irmãos, sobrinhas e sobrinhos. E embora os casados tenham maiores taxas de voluntariado para participar das atividades de seus filhos, os solteiros costumam ser mais ligados à comunidade como um todo. Cerca de um em cada cinco solteiros participa de trabalhos voluntários – lecionando, treinando crianças, arrecadando dinheiro para entidades beneficentes e distribuindo ou servindo comida.
Pessoas solteiras são mais propensas a visitar vizinhos. E mulheres que nunca se casaram apresentam maior probabilidade de assinar petições e comparecer a reuniões políticas, segundo Gerstel.
A demografia dos não casados está sempre mudando, e mais americanos estão mais tempo de suas vidas solteiros do que casados. Embora algumas pessoas nunca se casem, outros adultos hoje contados como solteiros estão apenas adiando o casamento por mais tempo do que as pessoas da geração de seus pais. E muitas pessoas estão sozinhas devido ao divórcio ou morte de seus cônjuges. Cerca de um sexto de todos os adultos solteiros têm mais de 65 anos; quase um oitavo dos não casados são pais.
A pressão para casar é especialmente forte entre mulheres. Um estudo de 2009, conduzido por pesquisadores da Universidade do Missouri e da Texas Tech University, trazia o título de 'I’m a Loser, I’m Not Married, Let’s Just All Look at Me’ ('Sou uma perdedora, não sou casada, vamos todos olhar para mim’, em tradução livre). Os pesquisadores realizaram 32 entrevistas com mulheres de classe média na casa dos 30 anos, que se sentiam estigmatizadas por nunca terem se casado.
“Eram mulheres muito bem-sucedidas em suas carreiras e vidas, e mesmo assim todas se sentiam mal por nunca terem se casado, como se estivessem decepcionando alguém”, disse Lawrence Ganong, diretor de estudos familiares e de desenvolvimento humanos na Universidade do Missouri. “Se uma pessoa é feliz solteira, também temos de apoiar isso”.
“São os solteiros, com ou sem filhos, que se mostram mais inclinados a cuidar de outras pessoas”, afirmou Gerstel. “Não são os filhos que isolam as pessoas. É o casamento”.
Os solteiros também costumam ser mais ligados a irmãos, sobrinhas e sobrinhos. E embora os casados tenham maiores taxas de voluntariado para participar das atividades de seus filhos, os solteiros costumam ser mais ligados à comunidade como um todo. Cerca de um em cada cinco solteiros participa de trabalhos voluntários – lecionando, treinando crianças, arrecadando dinheiro para entidades beneficentes e distribuindo ou servindo comida.
Pessoas solteiras são mais propensas a visitar vizinhos. E mulheres que nunca se casaram apresentam maior probabilidade de assinar petições e comparecer a reuniões políticas, segundo Gerstel.
A demografia dos não casados está sempre mudando, e mais americanos estão mais tempo de suas vidas solteiros do que casados. Embora algumas pessoas nunca se casem, outros adultos hoje contados como solteiros estão apenas adiando o casamento por mais tempo do que as pessoas da geração de seus pais. E muitas pessoas estão sozinhas devido ao divórcio ou morte de seus cônjuges. Cerca de um sexto de todos os adultos solteiros têm mais de 65 anos; quase um oitavo dos não casados são pais.
A pressão para casar é especialmente forte entre mulheres. Um estudo de 2009, conduzido por pesquisadores da Universidade do Missouri e da Texas Tech University, trazia o título de 'I’m a Loser, I’m Not Married, Let’s Just All Look at Me’ ('Sou uma perdedora, não sou casada, vamos todos olhar para mim’, em tradução livre). Os pesquisadores realizaram 32 entrevistas com mulheres de classe média na casa dos 30 anos, que se sentiam estigmatizadas por nunca terem se casado.
“Eram mulheres muito bem-sucedidas em suas carreiras e vidas, e mesmo assim todas se sentiam mal por nunca terem se casado, como se estivessem decepcionando alguém”, disse Lawrence Ganong, diretor de estudos familiares e de desenvolvimento humanos na Universidade do Missouri. “Se uma pessoa é feliz solteira, também temos de apoiar isso”.
Bella DePaulo, professora visitante de psicologia na Universidade da Califórnia, em Santa Barbara, tem um termo para a discriminação contra solteiros – que ela classifica como um dos últimos preconceitos aceitos. É o título de seu novo livro, 'Singlism: What It Is, Why It Matters and How to Stop It’ ('Solteirismo: o que é, por que é importante e como acabar com ele’).
Como exemplo, DePaulo cita a Lei da Licença Médica Familiar. Como ela é solteira e sem filhos, ninguém em sua vida pode tirar uma licença paga do trabalho para cuidar dela, caso fique doente. Ela também não tem direito de tirar uma licença para cuidar de um irmão, sobrinho ou amigo próximo.
Stephanie Coontz, diretora de pesquisa do Conselho das Famílias Contemporâneas, diz que os legisladores muitas vezes ignoram as necessidades dos solteiros – pois suas visões estão ultrapassadas, baseadas na maneira como eles mesmos foram criados.
Ao pesquisar para seu último livro, 'A Strange Stirring: The Feminine Mystique in American Women at the Dawn of the 1960s’ ('Uma agitação estranha: a mística feminina nas mulheres americanas no início dos anos 1960’), Coontz descobriu que, no passado, pessoas solteiras costumavam ser chamadas de 'anormais’, 'neuróticas’ e 'egoístas’.
“Nós realmente temos a tendência de achar que há algo especial nos casados, e que comunidade e família só vão em frente por causa deles”, disse ela. “Achei que era importante apontar que os solteiros também contribuem para a comunidade”.
Fonte: http://www.ig.com.br/
Como exemplo, DePaulo cita a Lei da Licença Médica Familiar. Como ela é solteira e sem filhos, ninguém em sua vida pode tirar uma licença paga do trabalho para cuidar dela, caso fique doente. Ela também não tem direito de tirar uma licença para cuidar de um irmão, sobrinho ou amigo próximo.
Stephanie Coontz, diretora de pesquisa do Conselho das Famílias Contemporâneas, diz que os legisladores muitas vezes ignoram as necessidades dos solteiros – pois suas visões estão ultrapassadas, baseadas na maneira como eles mesmos foram criados.
Ao pesquisar para seu último livro, 'A Strange Stirring: The Feminine Mystique in American Women at the Dawn of the 1960s’ ('Uma agitação estranha: a mística feminina nas mulheres americanas no início dos anos 1960’), Coontz descobriu que, no passado, pessoas solteiras costumavam ser chamadas de 'anormais’, 'neuróticas’ e 'egoístas’.
“Nós realmente temos a tendência de achar que há algo especial nos casados, e que comunidade e família só vão em frente por causa deles”, disse ela. “Achei que era importante apontar que os solteiros também contribuem para a comunidade”.
Fonte: http://www.ig.com.br/
0 comentários:
Postar um comentário